Thursday, October 27, 2005

Vanity...



Sonho que sou a Poetisa eleita
aquela que diz tudo e tudo sabe
que tem a inspiração pura e perfeita
que reúne num verso a imensidade!
Sonho que um verso meu tem claridade
para encher todo o mundo! E que deleita
mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!
Sonho que sou alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo
aos pés de quem a Terra anda curvada!
E quando mais no céu eu vou andando
e quando mais no alto ando voando
acordo do meu sonho... E não sou nada...

4 comments:

DT said...

Querida Patrícia

Também eu já escrevi sobre o nada que nos persegue. Mas o teu nada é feito de sonhos. E por isso, és muito!

Bjs

J.F. de Souza said...

Às vezes, me sinto poeta
Já sonhei que era sábio
Já tive o respeito de todos
Já pude voar
E, por vezes
- diversas vezes -
Me senti nada disso...
Pior!
Me senti nada!
Pior ainda!
Ninguém!
Ainda pior! (Pode?)
Apenas mais um!
Um qualquer!
Qualquer um!
Dá para ser pior!
Um!
Apenas um!
Assim, eu já me vi
Tudo isso, eu já vivi
em sonhos e devaneios
ou acordado
Que seja!
Seja o Subcon
ou a Realidade
Sempre sinto que não depende
só de mim
(Talvez, o erro esteja aí...)

sulivan said...

É um poema muito bonito, mas há que prolongar o sonho para a realidade de todos os dias :) beijos

LivrePensador said...

bonito o poema. mas é teu ou de florbela? é que se às vezes citas sem aspas ficamos sem saber o que é teu e o que não é :p

mas gostei do blog.

já agora, conheces a Tabacaria de Álvaro de Campos? beijo